A visita do Governo ao Pico constituíu, para o nosso concelho, uma evidência de que as obras daqui para lá vão ser pensadas e repensadas. Outras, prosseguirão para se cumprir o anunciado pois como diz Rui Veloso "o prometido é divido", mesmo que não seja o mais correto.
No que concerne às Lajes, nada foi dito sobre a construção da nova escola Básica e Secundária, o que pressupõe que C.César não irá construí-la, nas atuais circunstâncias. É a posição correta. Só faltou foi dizê-lo e explicá-lo.
Todos sabemos que as promessas eleitorais são assim e, quando não cumpridas, deixam mal os atores políticos - os deputados que tanto se afanaram em comprar terrenos e fazer projetos. Esqueceram-se de que os tempos correm e as circunstâncias alteram-se e agora, terão de engolir mais uns sapos...
Faltou nesta visita do Governo uma abertura ao estudo do projeto do porto de recreio das Lajes, por fora do Caneiro.
E faltaram também outros projetos para fixação das novas gerações, nomeadamente, apoios à agricultura ecológica que ressuscite os nossos pomares, cuja fruta deliciosa era enviada para a Terceira e São Miguel, bem como uma campanha de incentivo aos jovens para que regressem à terra e a cultivem de modo mais rentável.
Faltou isto, embora o presidente dos Jovens Agricultoires picoenses tenha assumido uma nova postura neste setor que prenuncia que os jovens estão conscientes de que ser agricultor hoje, vale a pena.
Neste sentido, importa também que o Município repense todos os seus projetos e os adeque ao desenvolvimento da atividade económica.
O tempo dos jardins e dos teatros, deve dar lugar a investimentos mais reprodutivos. Desde Já, para que não se perca o combóio da mudança que aí vem.
Esta semana realizou-se um encontro de grande importância para o desenvolvimento do turismo e das potencialidades marítimas em todo o arquipélago.
Não vale a pena repetir que temos vantagens comparativas nesses domínios.
Importa que canalizemos para aí os recursos disponíveis.
E como está na hora de elaborar propostas de orçamentos e planos, convém que esta seja a bitola das opções dos eleitos locais.
Foi para isso que foram eleitos. Não só para responderem às necessidades básicas das populações, mas para efetuarem análises prospetivas do desenvolvimento deste concelho e realizarem as iniciativas mais convenientes.
É por aí que devemos ir. Não por projetos ultrapassados e não-reprodutivos.