A Casa da Maricas Tomé, propriedade da Câmara Municipal das Lajes, deverá ter um destino social, diferente do que o anterior executivo camarário previra, ou seja serviços da Segurança Social e nas traseiras, Teatro Municipal.
Não vão fácéis os tempos para esses investimentos, por isso temos defendido que nesse local fosse construída uma unidade hoteleira.
No entanto, segundo apurámos, parece que o município cedeu os terrenos à Santa casa da MNisericórdia dasa Lajes do Pico. A troco de quanto, não sabemos e esperamos que a Câmara, caso se confirme esta transação, informe os munícipes sobre este "negócio".
De qualquer modo, julgamos que o espaço tem de ter uma utilização social: seja para um lar, seja para uma unidade hoteleira.
No caso de ali ser instalado um novo lar e uma vez que o actual já não responde às necessidades, importa dotá-lo de outras valências compatíveis com o internamento de idosos locais e com a oferta de instalações a idosos estrangeiros que, por períodos curtos de tempo, ali se pretendam instalar.
Esta é uma nova vertente do turismo - o turismo de saúde e da terceira idade - que as futuras instalações da Misericórdia local terão de contemplar, como forma de rentabilizar o pessoal e as estruturas existentes.
Não vale a pena dizer que os lares de terceira idade não visam esses objectivos. Não visam agora, mas terão de ter esta perspectiva num futuro próximo, de modo a responder às solicitações de organismos congéneros internacionais, com quem estabelecerão parcerias e rentabilizarão os investimentos públicos. Para além do mais, importa que o espaço da Casa da Maricas Tomé, seja dotado de instalações adequadas às novas técnicas de reabilitação de que o concelho está tão carenciado. Não são um luxo, antes um meio de proporcionar aos residentes uma melhor qualidade de vida e a reabilitação dos seus achaques. Uma pequena piscina de água quente e equipamentos de fisioterapia para todas as idades, podem depois ser concessionados a entidades privadas que, certamente as saberão aproveitar a bem de todos, criando postos de trabalho.
A Saúde é um novo sector económico que temos de aproveitar, desde que tenhamos médicos e técnicos de reconhecida competência. Não se pense que isto é utopia. Pois se outros estão com os olhos postos neste tipo de mercado, por que não aproveitarmos nós, nomeadamente os jovens formados nestas áreas, para aqui se fixarem com proveito?