Antes de mais um ano bom aos leitores que diariamente clicam este blogue, sem que haja uma mensagem nova, de esperança, de alegria.
Penitencio-me disso. As novas plataformas digitais, tem-nos disperso por outros caminhos. Os blogues ficam para trás.
No entanto há sinais de esperança muito promissores em vários setores da sociedade. Na igreja também. Digo isto com orgulho e com muita alegria.
Esta semana, o Pe Paulo Silva, Diretor do semanário O DEVER, que agora tem uma jornalista estagiária a tempo inteiro, natural das Lajes, a começar carreira,(oxalá que ela fique na terra, que bem precisa!), O Pe Paulo Silva, na sua coluna O que penso, tem uma reflexão sobre o clero que considero muito lúcida e corajosa, sobre trajes antigos que algum clero pretende recuperar "não aceitando as normas conciliares."
Cito o articulista: Ao super valorizar o traje pode-se esquecer o serviço e a doação, será viver em função dos bens, da carreira e do poder. Assim o traje deixou de ser um sinal de comunhão para ser um sinal de autoridade na superioridade. O traje deixou de ser um modo de dignificação para se transformar numa farda que coloca o seu utilizador acima e por cima de alguém, em estar por cima de tudo e de todos".
O melhor será ler o artigo na íntegra pois o autor considera a postura acima descrita como "um neo-conservadorismo clerical, fruto de uma interpretação errada e descontextualizada do sacramento da ordem no contexto atual".
Uma pedrada no charco, numa igreja que parece amorfa e indiferente ao curso da humanidade. O certo é que "não é ir buscar as receitas do passado que as coisas vão melhorar, novos tempos requerem novas soluções".
Perante estas atitudes passadistas, Pe Paulo Silva, não tem de penitenciar-se de ser intolerante. Antes pelo contrário!
Outras reflexões sobre este e outros temas, aguardo, como leitor assíduo de O DEVER.