Acabo de ter acesso ao plano e orçamento municipais para o corrente ano, último da atual gestão.
Li-o, mas achei-o em alguns itens muito vago. Noutros, cuidadosamente precisos. Aceitei o repto do Presideente que se manifesta "aberto ao diálodo, de escuta das preocupações, ideias e propostas, para melhor planearmos o futuro" e decidi passar à escrita o que penso.
1.O ducumento parece-me vago em alguns projetos e indefinido quanto às metas a atingir, nas chamadas grandes opções. Nas áreas sociais, no entanto é bastante preciso e até restritivo.
2.Não compete a um município substituir-se à iniciativa privada, antes deve apoiá-la e só quando esta não tem capacidade de caminhar por si nas questões económicas é que deve substituir-se.
Neste sentido não concordo com a construção de um edifício junto ao museu destinado a posto de turismo e snack-bar, pois o comércio ali existente, pode desempenhar e desempenha funções na informação turística. Cabe sim ao Município a instalação de sanitários públicos, dada a concentração de pessoas de visita ao Museu.
3.Não é referido, nem explicado quais são os projetos estratégicos para o concelho, nem em que áreas. Será só o turismo? E a agricultura, a pecuária e as pescas, não são?
4.No turismo não me parece que a construção de uma piscina "municipal" na Silveira seja um investimento rentável e também não me parece que compita à Câmara utilizar dinheiros públicos para dotar um estabelecimento hoteleiro de uma infraestrutura que só a ele servirá, dada a distância e dimenção daquela localidade lajense. Por outro lado, o mar que nos rodeia e a configuração da costa, deve ser respeitada maximamente, não devendo ser alterado por uma estrutrura de betão injustificada.
Justifica-se sim, devido à idade da população e às suas necessidades de locomoção e fisioterapeuticas, a construção de uma piscina de dimensões suficientes e condições adequadas para ser utilizada pelos idosos, todo o ano. Isso sim é um benefício inestimável que as futuras infraestruturas da escola não virão favorecer, porque ficam longe dos centros urbanos.
5. Dispersar investimentos por áreas diversas, combatendo pequenos fogos aqui e ali, não me parece ser decisão correta. Os meios são escassos e há que tomar as melhores opções, explicando sempre porque só se faz isto e não aquilo e onde. Mais cedo ou mais tarde, os munícipes perceberão que é mais importante, em tempo de crise, "fazer a festa sem foguetes" do que queimá-los sem proveito futuro.
Aqui ficam as sugestões, embora saiba que as decisões já foram tomadas. Voltarei ao assunto se achar conveniente e útil.