Agora que se aproxima o termo da construção da muralha de defesa da Vila, importa começar a pensar no passo seguinte.
Está provado que a orla marítima das Lajes necessita de ser reforçada, por fora do Calhau grosso, donde se extraíu, para a construção da antiga muralha, largas centenas de metros cúbicos de pedra. Quem assistiu aos últimos enchentes de mar, observou a violência e o volume da maresia que embate junto ao Castelete, que, sujeito à erosão, mais cedo ou mais tarde irá ceder.
Portanto, a defesa da orla marítima das Lajes, agora que está provada a subida das águas do mar, ainda não terminou.
O Governo, através da Secretaria Regional do Ambiente, têm de continuar a acompanhar o processo, dando continuidade a outros empreendimentos de protecção da Orla Costeira.
Simultaneamente, há que ter coragem de aproveitar o espelho de água ou pequena baía que se formou entre o Caneiro e a nova muralha, em favor do desenvolvimento da observação dos cetáceos, do iatismo e, por que não, dos transportes marítimos.
Aquele espaço não poderá ser apenas, uma simples muralha ou cortina, que no interior patenteia muitas potencialidades.