A questão das ligações aéreas entre o Pico e Lisboa, continua na ordem do dia e afecta as populações desta ilha, sobretudo a residente no nosso concelho, o mais distante do Faial.
O grande investimento com a ampliação da pista e construção das infra-estruturas de apoio, nomeadamente: aerogare, torre de controlo, parque de estacionamento de aeronaves, armazéns de carga, viaturas e quartel de bombeiros, mais o sistema de ajuda às aeronaves (ILS) e a instalação de combustíveis a elas destinados, etc, são obras que marcam uma nova era nas comunicações do Pico com o exterior.
Não aceitamos, por tudo isto, que o Aeroporto do Pico continue apenas com um vôo semanal para Lisboa, limitado à escala pela Terceira, nem aceitamos que a SATA-Internacional lave as mãos alegando nada poder fazer na rota da TAP, pois tem um acordo de code-share que a obriga também ao cumprimento desta operação.
É sabido que à transportadora aérea regional só interessam as viagens de e para o Faial e o mesmo acontece com a TAP (a concentração de tráfego diminui despesas e permitiria a utilização de equipamentos maiores). Mas quem sai penalizado são os passageiros do Pico, devido às despesas de transporte terrestre e marítimo, acompanhadas, por vezes, de estadias imprevistas.
No início deste ano, o segundo da tão aguardada operação da TAP no Pico, exigimos ser tratados em igualdade de circunstâncias com os faialenses.
Terá de haver, pelo menos, dois ou três vôos semanais, em dias convenientes e quatro vôos na época alta, para responder ao crescente tráfego dos residentes e dos visitantes.
O Aeroporto da Horta é para os faialenses, não para os picoenses, pois temos o nosso.
Espero que todos os agentes económicos, sociais e políticos e os cidadãos em geral, se unam nesta legítima reivindicação. Ou vencemos esta guerra, ou continuaremos subalternos.
com foto http://lajes.blogspot.com