Roberto Silva, Presidente da Câmara das Lajes do Pico, na sessão de abertura da Semana dos baleeiros, integrou no seu discurso a passagem que transcrevo daqui, com a devida vénia e que me parece ser uma questão muito lúcida sobre o futuro do concelho:
"a Semana dos Baleeiros, que representa no pêndulo do tempo, um marco importante no reinício de um novo ciclo das nossas vidas, deverá ser, por isso, um espaço de meditação profunda, sobretudo sobre o futuro da nossa terra, da participação de cada um de nós na implementação de ideias e acções, que tornem o nosso concelho especialmente atractivo do ponto de vista turístico e ambiental, um concelho com mais gente, mais solidário, com mais jovens, com novas oportunidades de emprego e de exploração do conhecimento, de chamamento de imigrantes, respondendo, em última análise, à política da União Europeia para os anos 2014 a 2020 que aposta na educação e na valorização dos recursos humanos, mesmo em sítios mais despovoados e geograficamente distantes dos principais centros de negócios, de cultura e de conhecimento, como acontece no nosso concelho."
Onde, quando, como, ou em que moldes, será feita essa "meditação profunda sobre o futuro da nossa terra? Nos orgãos municipais eleitos, nos locais de exercício da cidadania, nas instituições sociais, culturais, desportivas, religiosas, na escola...para que algo se faça pela nossa terra. Por que não, no próximo ano, após uma reflexão de base, integrar na Semana dos Baleeiros iniciativas de onde se retirem conclusões da reflexão feita?
Que as palavras acertadas não se fiquem apenas pelas boas intenções.