O projeto de requalificação da frente marítima das Lajes, apresentado esta semana à discussão pública, tem pés para andar.
Em primeiro lugar, porque com a construção do campo de jogos em Santa Catarina, o espaço antigo ficou devoluto, à espera de ser reconvertido num espaço urbano agradável e útil.
Em segundo lugar porque este elenco camarário, tem de cumprir o seu programa eleitoral, se pretender voltar a candidatar-se a mais um mandato. Caso contrário os eleitores não perdoaríam à equipa de Roberto Silva, tamanha inoperância, pese embora a situação difícil de tesouraria que receberam.
Se se faz ou não um edifício novo para posto de turismo, naquele local ou noutro - em nossa opinião não há necessidade de um posto de turismo quando vários agentes comerciais e o Museu dão essas informações - é um aspeto menor.
O desenvolvimento do projeto ditará se se justificam ou não mudanças e supressões de equipamentos.
O importante é começar-se, desde já, a construir o acesso à maré e as estruturas conexas, e depois avançar com a estrada junto ao muro do campo, onde ficará anexo o jardim da baleia. Por fases, porque o mundo dá cada volta!...
Faz também todo o sentido avançar de imediato com a reconversão das casas dos botes da lagoa de cima - clube naval - para estabelecer outro ponto de contato.
Uma coisa de cada vez, à medida das nossas possibilidades, e enquadradas todas elas, no mesmo espaço urbano.
Já agora e porque não foi dito na sessão pública, o que se vai ou pensa fazer no espaço da Casa da Maricas Tomé? Está pensada que utilização para aquele espaço nobre da Vila, caso a Misericórdia não avance para a sua aquisição?
É que se falou na construção de um hotel no antigo matadouro -ideia de que discordo. A vila não pode ver o seu centro histórico perder dinamismo e população, como disse o arquiteto, e bem!, referindo-se à Escola.
Portanto, meus senhores, pensem bem porque o turismo como atividade económica, e os visitantes não procuram desertos...
Quanto ao resto, avançem que já não é sem tempo!